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RBS 700

O prédio que hoje abriga o RBS 700 foi erguido em 1957 como sede de uma seguradora durante grande parte de seu mais de meio século de história, mas acabou acompanhando o declínio da região central, a partir da década de 1970.

 

No projeto de reabilitação, os antigos espaços de escritório foram convertidos em 60 apartamentos. As fachadas de vidro e uma das empenas cega ganharam varandas. Na loja do térreo, a escultural escada em leque, típica da década de 1950, foi restaurada. A antiga quadra poliesportiva da cobertura deu lugar a um jardim com plantas nativas e espaços para convivência, contemplação e encontro. Pintado em diferentes tons, um mural com motivos botânicos abraça as duas laterais do prédio; se tornou um ponto de referência no bairro, admirado por quem passa ou mora na região.

A transformação

O processo de retrofit pode ou não dar uma cara contemporânea a uma edificação. No caso do RBS, a construção foi tomando nova forma e personalidade pelas exigências dos usos atualizados, assim que a obra ganhou fôlego, em janeiro de 2021. 

 

Os estudos ‘das pranchetas’ se tornaram palpáveis, abandonando as fachadas de vidro e ganhando varandas livres na fachada frontal e em uma das laterais. Estas surgiram como em uma ‘construção invertida’: estruturadas internamente, sofreram demolição dos fechamentos externos originais, de cima para baixo, em um segundo momento.

 

No correr da obra, foi demolida – também - uma torre externa que abrigava os ares-condicionados e os reservatórios de água e substituída por uma estrutura metálica interna, mas segura e moderna, enquanto os pés-direitos com três metros ou mais foram mantidos, oferecendo amplitude para os novos apartamentos estúdio - com 25 a 35 m2 -  ou de um dormitório - com 40 a 47 m2. Ao todo são 60 apartamentos: 50 estúdios, seis unidades de um quarto e quatro estúdios tipo 'garden'. 

 

Em parte das novas moradias, paredes de tijolinho à vista, originais da construção, trazem aos moradores a memória do lugar onde agora vivem, combinada aos interiores. No térreo, outro elemento foi preservado: a escada em leque, escultural, que reserva um traço da indústria da construção cinquentista e dá acesso ao mezanino. A manutenção de tais elementos, avaliamos, além da qualidade estética, aguçam uma provocação em quem os vê.

Viver com praticidade

O edifício conta com programa de uso bem confortável. Há espaços extra para armazenamento dedicados aos estúdios; bicicletário com 60 vagas – uma para cada apê – lavanderia; espaço para o banho dos bichinhos, academia e, na cobertura, jardim com plantas nativas e salão de festas com varanda e churrasqueira.

 

As facilidades também são inclusivas, o RBS 700 teve retrofit pensado inteiramente para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. A preocupação gerou, também, dois apartamentos 100% adaptados aos cadeirantes. 

 

No térreo a fachada ativa oferece espaço a uma loja, galeria ou qualquer ocupação de uso comercial que se deseje e faz com que a rua fique mais viva e amigável, ajudando, inclusive, a tornar o fluxo de pessoas mais constante, o que aumenta a sensação de segurança.

Conexão com as paisagens

Do RBS 700 é possível observar e ter contato com as paisagens urbana e natural. A urbana é dada pelos arredores que ainda reservam construções remanescentes dos últimos dois séculos, entre elas casarões tombados. Já para curtir um pouco da natureza que ocupava o sítio onde São Paulo se estruturou, basta subir até o terraço da cobertura e observar algumas espécies nativas da Mata Atlântica ali cultivadas.

 

Para quem passa na rua, o RBS 700 faz parte de vistas mais agradáveis em quaisquer de seus lados. As empenas cegas, antes paredões áridos, agora exibem painéis botânicos das artistas do Lanó, duo das muralistas Carolina Barbosa e Juliana Nersessian, que traz a biofilia para o empreendimento.

 

Tal conceito, aliás, também está presente na ‘Floresta de Bolso’ da cobertura com solário e na busca por boa iluminação e ventilação naturais, através da implantação das varandas. E, até, no batismo de cada andar, que recebeu nomes de árvores brasileiras, dados pela equipe de obras.

Impacto

O respeito à conservação e ao menor impacto negativo ambiental possível é uma das linhas mestras de nosso trabalho. Por isso, nós comparamos o retrofit feito em RBS 700 à realidade de uma obra, construída ‘do zero’, de porte equivalente. Os números são esses e falam por si:

 

• Redução na emissão de 70% dos gases de efeito estufa, o mesmo montante que absorvem 183 árvores da Mata Atlântica;

• Economia de 94% em energia elétrica, equivalente ao consumo anual de 5 mil casas;

• Diminuição de 85% no consumo de água durante a construção, o suficiente para o abastecimento anual de 50 famílias;

• Jardim na cobertura com vegetação nativa do bairro, que ajuda a reduzir a ilha de calor no entorno;

• Painéis fotovoltaicos para alimentar os elevadores e áreas comuns do condomínio;

• Sistema de reuso para minimizar o consumo de água do empreendimento.

• Substituição da madeira no deck por “madeira” feita com resíduos de PET

• Sistema de coleta de resíduos durante a obra e na ocupação residencial em parceria com ONG Muda
• Uso de tintas e vernizes à base de água, sem uso de solventes

Endereço

Rua Ribeiro da Silva, 700
Campos Eliseos | São Paulo

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